Tenho uma história para compartilhar com você…
Assim como muitas pessoas, sempre tive muita vontade de viajar, mas, também como muitas pessoas, meus pais não tinham condição financeira para que eu pudesse realizar todas as viagens com as quais eu sonhava. Bem, muitas vezes não podemos fazer tudo aquilo que queremos, mas isto não nos impede de sonhar e continuar planejando pois, quando o dia de colocar em prática chegar, já estaremos prontos, certo?
Eu, então, mantive acesa em mim a chama de conhecer o mundo, e em particular a Europa! São muitos países reunidos, a grande maioria muito menor do que o meu Brasil, de proporções continentais, e ainda assim tão ricos de cultura, história, idioma e possibilidades. A vida seguiu, cresci, terminei a escola e comecei a fazer faculdade. Um dia, então, por conta de várias circunstâncias do local no qual eu estava cursando a minha graduação, vi que era possível sim realizar meu sonho de criança! Mais do que rapidamente, comecei a economizar o dinheiro que ganho no meu trabalho, programar roteiros, pesquisar sobre os pontos turísticos e até estudar um pouco do idioma, para tentar me comunicar com as pessoas. Meu destino (o primeiro de muitos)? Paris! A grande capital da França, palco de monumentais eventos históricos, da Revolução Francesa, do Império de Napoleão, da culinária, dos vinhos…. Eram muitas coisas!
Mal conseguia conter a ansiedade nos dias que antecediam a viagem, até que o bendito dia, enfim, chegou. Fiz meu check-in no aeroporto e ainda não tinha me acalmado: ainda tinha que voar durante quase 11h para chegar ao meu tão esperado destino! Mas são ossos do ofício. Aproveitei as longas horas do voo para ler, assistir um filme e descansar, até porque queria estar 100% para aproveitar cada segundo de Paris!
Depois da longa viagem, que as vezes parecia infinita, finalmente cheguei! E foi uma festa desde o momento que pisei lá: já o aeroporto era lindo! Fui correndo pegar minha mala, pois queria, o mais rápido possível, deixá-la no hotel e ir bater perna na cidade. No caminho do aeroporto para o hotel, eu mal podia acreditar em todas as paisagens que meus olhos enxergavam durante aquele pequeno trajeto: que arquitetura linda, muito diferente daquelas das cidades do Brasil! E as roupas! A grande Torre Eiffel, que eu tanto imaginei e vi na internet! O Rio Sena, ainda mais imenso do que parecia nas fotos! Era muita coisa ao mesmo tempo, e eu já estava ficando tonto, mas respirei fundo e mantive a calma, mesmo diante de tanta beleza e diversidade. Cheguei no hotel, dada a hora, resolvi dormir um pouco mais cedo do que o usual para acordar tinindo no dia seguinte.
É chegado então, oficialmente, meu primeiro dia na cidade. Resolvi, então, caminhar pelas ruas parisienses. Peguei o mapa no hotel e tracei uma rota para fazer a pé, percorrendo as margens do rio Sena, do meu hotel até a Torre Eiffel. Ah, mas claro, antes de tudo, fui comer! Um belo croissant e um café, naquele momento, eram suficientes para encher o tanque. Quem sabe na torre eu não comia alguma outra coisinha. Comecei a minha caminhada, e estava ainda mais boquiaberto do que quando passei pela cidade de carro. As pontes sobre o Sena eram lindas, algo que eu nunca tinha visto antes! Segui, e as paisagens e construção ficavam melhores: agora eu estava passando pela Sainte-Chapelle e pela Catedral de Notre Dame! Eu assisti ao “Corcunda de Notre Dame” quando era criança, mas não tinha a dimensão do quanto aquilo era bonito! Seguirei o coração, porque a programação não era aquela. Calma, terei tempo para ver tudo! Continuei o meu percurso, e a vontade de visitar cada canto que eu via continuava: passei pelos Jardins de Luxemburgo, lindos! O Louvre, o Rodin e o D’orsay, os três museus que estavam na minha lista para visitar. Finalmente, cheguei ao meu destino, a Torre Eiffel e a Champ de Mars. Palavras não eram suficientes para descrever o que eu sentia naquele momento. É sério, não me vinha na mente nada, apenas uma sensação muito agradável e prazerosa, que percorria todo o meu corpo. Estava em êxtase naquele momento! Resolvi ficar ali o resto do dia, andando pela Champ de Mars e contemplando aquelas paisagens totalmente novas para mim!
Depois do ótimo dia, voltei ao hotel e tinha apenas uma certeza. Uma não, porque também tinha certeza de que Paris era linda! Mas enfim, concluí que aquela estava sendo a primeira de muitas viagens que eu queria fazer! Naquele momento, eu tinha certeza de que precisamos ver as coisas com os nossos olhos e ver o mundo in loco. Eu já tinha feito muita pesquisa e conversado com várias pessoas que viajam sempre, e garanto: as imagens e os relatos não chegavam nem perto do que era estar ali de fato. Como eu disse, é impossível descrever a sensação. Eu conseguia, ao andar por aquelas ruas, sentir e ver o quanto aquilo era rico de história e de cultura, e também via outros modos de vida, o que as pessoas faziam. Nada que eu vivi antes competia com aquilo.
No dia seguinte, acordei mais disposto. Como não relaxar depois do dia anterior? A programação do dia era cultural: visitar dois dos três museus da minha lista: o Louvre e o D’orsay… Quando era pequeno, essa era uma parte que não me animava muito, os museus, mas a partir das pesquisas, vi que as obras de arte são fantásticas e que carregam muito do pintor, além de serem grandes patrimônios artísticos da humanidade. Valia a pena dar uma chance, certo? No Louvre, me deparei com a Mona Lisa, com a Vênus de Milo, as Bodas de Canaã (que quadro enorme!). Ah, são tantos quadros e esculturas! No D’orsay, pude ver obras de Renoir, Monet, Van Gogh e Gauguin. Aquele foi um dos momentos mais sublimes que vivi. No Brasil, eu nunca tinha tido essa dimensão sobre a arte e a cultura, então eu não tinha a menor ideia do que era aquilo, de ter contato com aquelas obras… Era realmente indescritível, e tenho certeza que cada pessoa vive isso de uma forma, porque cada obra mexe com a gente de uma maneira muito particular.
Bem… não vou ficar me alongando muito mais na descrição dos meus outros dias na capital da França. Quero apenas dizer que, nessa viagem, descobri que o mundo é realmente encantador, e explorar cada canto que existe se tornou prioridade na minha lista. Isto estava, mais do que nunca, vivo dentro de mim! É muito gratificante essa troca que ocorre, pois, ao mesmo tempo que levamos tantas experiências boas de lá, também deixamos um pouquinho de nós naquele lugar, também, de alguma forma, contribuímos para as outras visitas, outros viajantes, tão curiosos quanto nós! Isso é muito bonito, pois nos reinventamos, vemos outra realidade, enfim, mudamos, como é regra na vida, mas, nesse caso, tenho certeza que mudamos para melhor, enquanto pessoa e enquanto cidadão! Cidadão, agora, do mundo!
E você, que história você quer viver? A AMF lhe convida para ser AMF e embarcar conosco nesta viagem de formação integral!
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