Iuri Bernardo se formou no curso de Sistemas de Informação na AMF no primeiro semestre de 2023. Atualmente, trabalha na área de Segurança da Informação, atuando mais especificamente como Pentester/Ethical Hacker. Ele destaca a importância do conhecimento de outro idioma, no seu caso o inglês. Durante a viagem Internacional organizada pela AMF para a Holanda ele foi um dos tradutores e pode praticar e adquirir confiança no idioma.
Das experiências como estudante destaca a criação do projeto “Clube de Segurança”, foi instrutor do curso de “Cloud e Microserviços com AWS” e a participação no Simpósio Internacional em Haia, na Holanda. Iuri Bernardo também deixa um conselho para os calouros: “Aproveitem as aulas FOIL! A técnica sozinha não é o suficiente, por mais que saibamos muito sobre nossa área de atuação, de nada servirá se não soubermos o bastante sobre nós mesmos para tomarmos as decisões certas, então usem essas aulas para tentarem evoluir ao máximo como pessoa. É assim que conseguirão conquistar cada vez mais.”.
Abaixo, você confere a entrevista completa com o egresso.
1. Olá, Iuri. Primeiramente, fale um pouco mais sobre você.
Meu nome é Iuri Moro, tenho 21 anos e atuo na área de Segurança Cibernética, trabalhando mais especificamente com Testes de Invasão na Devoteam Cyber Trust, uma empresa localizada em Lisboa, onde moro atualmente. Desde 2020, curso Sistemas de Informação na AMF, tendo concluído a graduação recentemente, e sendo agora egresso do curso.
2. Como foi a sua escolha de curso?
Sendo ligeiramente interessado na área de informática durante meu Ensino Fundamental, tomei a decisão de cursar meu Ensino Médio no Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (CTISM – UFSM), de forma que pudesse ingressar no Curso Técnico em Informática para Internet Integrado ao Ensino Médio. Foi durante esses 3 anos que experimentei tantos temas da tecnologia e descobri minha paixão pela área, mas principalmente, pela Segurança da Informação. Ainda sim, também havia participei de outros projetos, realizando, inclusive, a pré-incubação de uma startup nessa área, o que me fez perceber o gosto não só pela parte técnica, mas por todo o processo criativo e de gestão. Sendo assim, com o objetivo de ter uma formação tecnológica que visa a resolução de problemas e a inclusão da tecnologia como um facilitador, decidi cursar Sistemas de Informação.
3. Quais os pontos influenciaram a sua decisão na hora de escolher a AMF?
Dentre os principais pontos que influenciaram minha decisão, destaco primeiramente o currículo extremamente atualizado do curso, que já se diferenciava dos demais ao incluir tecnologias e temas modernos e inovadores, demonstrando que não é um curso focado em ensinar apenas um currículo básico e conservador, mas sim em preparar os alunos da melhor forma possível para o mercado de trabalho, e para o que realmente verão e utilizarão em seu dia a dia.
Com essa análise inicial, porém, decidi também conhecer a instituição, e esse com certeza foi o ponto decisivo. Não só pela infraestrutura, que claramente era uma das melhores que já havia visto, mas também pelo modo como fui recebido e como o local foi apresentado, e a forma como apenas caminhar pela faculdade já parecia me impactar positivamente.
Foi durante essa visita também, que tive a oportunidade de tomar um café e conversar com um dos professores, que me apresentou brevemente como funcionava a metodologia de ensino da AMF, e acredito que esse tenha sido o último dos 3 pontos que me levaram a tomar a decisão final, pois mesmo antes de começar, apreciei a preocupação em incluir na metodologia matérias e conteúdos que tinham como foco a evolução de cada um de nós, não como profissionais, mas como humanos, e como potenciais.
De forma resumida, diria que os principais pontos foram:
4. Quais as maiores dificuldades que teve durante a graduação?
Em alguns momentos senti um pouco de dificuldade em gerir meu tempo, o que é normal à medida que a maioria de nós também trabalhava e tinha outras atividades além do estudo. Mas percebo que isso se tornou muito mais fácil à medida que comecei a testar modos de realizar minhas atividades de modo mais eficiente, utilizando as disciplinas técnicas para desenvolver partes de meus projetos que estavam relacionadas ao conteúdo, por exemplo.
5. Quais são suas lembranças favoritas das aulas?
Dentre as aulas técnicas, me diverti muito com as competições feitas nas aulas de segurança e também nas de desenvolvimento, foram modos criativos de aprender o que estávamos estudando. Entretanto, também vejo como uma das lembranças favoritas a construção do projeto final para a disciplina de seguranças, onde após muitas tentativas consegui criar um dispositivo para clonar cartões e tags RFID, utilizando Arduino.
Além disso, os momentos de aprendizado de algumas aulas FOIL também impactaram positivamente, pois traziam à tona questões que poderia utilizar logo em seguida para minha evolução.
6. Durante a formação, em quais atividades você se envolveu?
Sempre busquei participar e criar o máximo de oportunidades enquanto aluno do curso, de forma que pudesse me experimentar, mas também evoluir em minha área de atuação de forma colaborativa. De forma que minha atuação estava diretamente ligada à Segurança da Informação, grande parte das atividades estava também relacionada a ela. Entretanto, algumas atividades se destacam na minha memória.
Em meus primeiros semestres, com o objetivo de criar um ambiente dedicado à Cibersegurança, criei o projeto do “Clube de Segurança”, no qual fazíamos encontros com conteúdos tanto teóricos quanto práticos para aprendermos mais sobre a área. Durante o projeto, conseguimos também realizar um evento com uma das referências brasileiras em Hacking, Igor Rincon, que contribuiu conosco em um bate-papo extremamente rico.
Além disso, durante o projeto do “Tech Courses”, onde se dedicava uma semana de aula do curso para tratar de tópicos modernos que interessavam os alunos, fui o instrutor do curso de “Cloud e Microserviços com AWS”, onde tive a oportunidade de ensinar um pouco sobre a área e desenvolver um projeto em microserviços junto aos alunos.
Por fim, durante toda a formação, também participei de algumas aulas especiais, onde pude partilhar um pouco das minhas experiências junto a alguns colegas, e sempre sair com novas ideias trazidas pelas conversas trocadas.
7. Você participou de algum evento organizado pelo AMF? Como foi a experiência?
Sim, e todos os eventos em que participei foram sempre magníficos, e com uma organização sem igual. Dentre esses eventos, porém, preciso destacar o Simpósio Internacional em Haia, na Holanda, assim como todo o conjunto desse excelente evento, desde as aulas que ocorreram ainda no Brasil, até as visitas, experiências e aprendizados no exterior.
Sobre esse tema, posso dizer que nunca sei exatamente o que esperar dos eventos da AMF, mas sou sempre surpreendido com experiências que nunca poderia pensar que aconteceriam. O evento em questão começou antes mesmo de viajarmos, quando tivemos aulas no Brasil já com professores internacionais, aprendendo na prática sobre diplomacia, discurso, e até mesmo Segurança da Informação e Proteção de dados.
Já no decorrer da viagem, tive a surpreendente, e extremamente gratificante, experiência de ser um dos tradutores durante os nossos passeios (algo que não estava planejado e que não esperava de forma alguma). Apenas as visitas, passeios e experiências já tornariam a viagem um grande sucesso, mas reconheço que o acréscimo dessa atividade foi uma das coisas mais marcantes para mim, não só pelo desafio e pela forma como me permitiu aprimorar meu inglês, mas pela forma como me trouxe mais confiança ao utilizá-lo (o que foi extremamente importante para a oportunidade que chegou alguns meses depois).
8. Quais os momentos da graduação que te trouxe mais felicidade?
Sem dúvida a viagem que descrevi anteriormente inclui alguns dos meus “melhores momentos”, assim como a aula especial que tivemos durante o evento ainda no Brasil sobre Cibersegurança.
Entretanto, apesar de ser difícil para eu pontuar momentos específicos, reconheço que muitos deles também aconteceram durante as aulas, tanto técnicas, ao conseguir concluir partes desafiadoras dos projetos que desenvolvia, quanto das aulas FOIL, quando conseguia perceber algo sobre mim que ainda não havia pensado, mas que sabia que poderia ser utilizado como forma de evoluir.
9. Que conselho você daria pra quem está no início de um curso na AMF?
Acredito que grande parte do potencial de evolução enquanto aluno de Sistemas de Informação na AMF, é o mindset que se utiliza diariamente. É comum, principalmente para quem está na área de tecnologia, de querer chegar direto ao ponto, evitando conteúdos que não sejam tão técnicos, ou rejeitando atividades de áreas que não sentem familiaridade.
E penso que esse tenha sido um dos meus maiores aprendizados, e que seja também de extrema importância para todos. Como eu disse anteriormente, a AMF não é uma faculdade cujo foco está em entregar um currículo básico e preencher checklists de que o aluno compareceu nas aulas e decorou os livros, mas sim um local com o objetivo de entregar profissionais de excelência. Isso significa que nem tudo é fixo, e que todos os alunos tem espaço para levarem suas próprias ideias e desenvolverem seus próprios projetos.
Sendo assim, na prática, experimentem-se em diversas áreas, e quando encontrarem a sua, utilizem das disciplinas como espaço para desenvolver ideias ligadas a ela, criando projetos que possam ocupar no dia a dia ou no trabalho. Não pensem nas disciplinas, inclusive aquelas que não sentem familiaridade, como algo a fazer “para passar”, mas utilizem-nas para desenvolver seus projetos, e assim até aquelas que antes eram apenas “para passar” vão se transformar em espaços para inovação e desenvolvimento.
Em segundo lugar, aproveitem as aulas FOIL! A técnica sozinha não é o suficiente, por mais que saibamos muito sobre nossa área de atuação, de nada servirá se não soubermos o bastante sobre nós mesmos para tomarmos as decisões certas, então usem essas aulas para tentarem evoluir ao máximo como pessoa. É assim que conseguirão conquistar cada vez mais.
10. Quais os laboratórios ou salas preferidos da AMF?
Dentre os laboratórios e salas, o Laboratório de Inovação foi o que mais ficou na memória, não só pela estrutura, mas também pelos momentos, atividades e experiências que aconteceram ali, pois foi nesse laboratório que todas aquelas competições e projetos que citei aconteceram.
11. Como surgiu a oportunidade de trabalhar em Portugal?
Penso que isso tenha sido uma construção desde antes de ter recebido a oportunidade. Desde antes dessa mudança, sempre busquei utilizar ao máximo meu tempo de trabalho e de estudo, testando novas áreas, qualificando-me por meio de certificações e cursos, e me desafiando ao máximo.
De forma complementar, sabendo da importância do inglês na minha área, sempre busquei cultivá-lo e aprimorá-lo, consumindo grande parte dos conteúdos que via diariamente, seja em pesquisas, leituras, anotações e vídeos, já na língua estrangeira. Por outro lado, a falta de prática na fala ainda deixava algumas incertezas. Então, aqui preciso citar novamente o evento internacional em que participei com a AMF, pois foi por meio dele que, além de praticar por meio das traduções e interações com estrangeiros, pude reafirmar um pouco da minha confiança sobre meu inglês.
Explico tudo isso, porque considero esses fatores essenciais para que pudesse estar preparado para a nova oportunidade que viria (e apenas alguns meses depois do evento).
Inicialmente, devido ao meu perfil na rede do LinkedIn, fui contatado por uma recrutadora de uma empresa brasileira de São Paulo, a Zuri, convidando a participar do processo seletivo para uma oportunidade de ser alocado (remotamente) como Pentester em um de seus clientes, uma empresa de Lisboa, a Integrity. Como não atuava diretamente com Pentest, e esse era meu objetivo, decidi participar do processo.
As etapas constavam basicamente em:
Ao fim, fui selecionado para a oportunidade, e com muita felicidade aceitei o convite, passando a trabalhar remotamente com a Integrity, ainda por meio da Zuri.
Sempre demonstrando interesse e proatividade, assim como a vontade de trabalhar de forma mais próxima com a equipe, aprendi e atuei remotamente ao longo de aproximadamente 9 meses.
Gostando do trabalho que realizei, e entendendo que teria mais a colaborar ao estar mais próximo, recebi uma proposta de um dos diretores para realizar a transição. Além da oportunidade de morar em Portugal, a empresa contrataria ainda uma assessoria para o processo de imigração. Sem pensar duas vezes, aceitei a proposta, e logo depois iniciei o planejamento e organização de todos os pontos necessários.
12. Quais dos conceitos aprendidos durante a graduação você utiliza hoje no seu trabalho?
Bom, em termos de conceitos técnicos não tenho nem como enumerar, pois tudo o que aprendi se reflete de alguma forma no meu dia a dia. Por outro lado, o conceito que levo mais intrinsecamente comigo é o de intuição, e a forma como podemos cultivá-la, identifica-la e utiliza-la de modo a tomar as melhores decisões a cada momento.
Ao longo dos anos de graduação vemos muitos nomes e novas palavras, e confesso que nem sempre me lembro deles tanto quanto gostaria, mas os conceitos que as envolvem são muito mais difíceis de esquecer.
Dito isso, cito alguns dos muitos aprendizados valiosos que levo comigo para tudo o que faço:
Não tenho como citar todos, com certeza, mas esses três pontos são fundamentais na minha tomada de decisões diárias, e mesmo com todos os conhecimentos técnicos sobre minha área, não estaria onde estou hoje sem eles.
13. Atualmente, você trabalha em qual área de formação do curso?
Atualmente trabalho na área de Segurança da Informação, atuando mais especificamente como Pentester/Ethical Hacker. Como Pentester, tenho como responsabilidade principal efetivar testes de invasão em ambientes computacionais, sejam eles ambientes webs (websites), de rede ou até mesmo dispositivos móveis. Com isso, temos como objetivo simular ataques reais e descobrir as vulnerabilidades que afetam os ambientes de nossos clientes, reportando-as de forma que possam ser corrigidas com antecipação frente ao cenário de ataques que enfrentamos diariamente.
14. Qual foi o impacto da AMF na sua vida?
A AMF foi um meio em que pude me testar, e coletar mais indícios sobre o que me traz realização. Um local em que aprendi a ter paciência quanto às oportunidades e movimentos da vida, mas de forma responsável, preparando-me ao máximo nesses intervalos. Foi um período em que pude desenvolver muitos projetos, trocar experiências com profissionais das mais diversas áreas, cultivar amizades, e principalmente, aprender a aprender.
15. Como a AMF contribuiu para que você se tornasse o profissional que é hoje?
Percebo que desde o início dessa jornada, tive um ganho em maturidade e autoconhecimento, assim como em experiências. Foi durante esse tempo, que entendi meu modo de funcionamento, ou seja, percebi as formas em que atinjo meu melhor desempenho e como mantê-las ao longo do tempo.
Nesse período, pude melhorar meu “tato” e minha percepção frente a situações sociais, e afinar minha intuição para criar novas oportunidades e tomar melhores decisões diariamente. Carrego intrinsecamente os conceitos que aprendi, e são eles que me permitem cultivar diferenciais no modo em que atuo hoje, evoluir e me desafiar ao longo do tempo, e estar sempre preparado para as novas oportunidades.
Iuri, muito obrigado pela entrevista. A AMF deseja muito sucesso na sua carreira e saiba que estaremos sempre de portas abertas para recebê-lo.
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